Advogadas presas por tráfico de drogas e cumplicidade com facções em operação contra o crime no Ceará

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Três advogadas foram alvo da 5ª fase da Operação Profilaxia, conduzida pela Polícia Civil do Ceará (PC-CE) nesta terça-feira (5). A operação visava desmantelar três facções criminosas atuantes no estado. Duas das advogadas foram presas preventivamente, enquanto a terceira foi conduzida coercitivamente e passará a ser monitorada por tornozeleira eletrônica.

No total, foram cumpridos 131 mandados judiciais, incluindo 74 mandados de prisão, 56 de busca e apreensão e um de condução coercitiva. As ações se estenderam por diversas cidades cearenses, como Fortaleza, Caucaia, Maracanaú, Eusébio, São Gonçalo do Amarante e Pacatuba, além de Teresina, no Piauí. Pelo menos 44 suspeitos foram detidos durante a operação. Também ocorreu o sequestro de 17 bens, incluindo 15 veículos e 2 imóveis. A Justiça Estadual determinou a quebra de sigilo bancário e fiscal, o bloqueio de contas bancárias e a interceptação telefônica e telemática dos investigados.

A principal meta da operação era combater três organizações criminosas que exerciam atividades violentas no município de Caucaia, utilizando o tráfico de drogas como fonte de financiamento. O delegado titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), Alisson Gomes, afirmou que o objetivo era retirar esses membros de circulação, apreender os bens adquiridos com os proventos do crime e, assim, desmantelar essas organizações.

O delegado adjunto da Draco, Huggo Leonardo, detalhou que os alvos da Operação faziam parte de três facções criminosas, duas de origem cearense e uma do Rio de Janeiro. Segundo ele, a maioria das mortes ocorridas em Caucaia estava relacionada à disputa entre essas facções pelo controle do tráfico de drogas na região.

Quanto à participação das advogadas nas facções criminosas, o delegado Huggo Leonardo explicou que cada uma delas desempenhava funções distintas. Uma das advogadas foi detida em sua residência, em Fortaleza, por transportar informações para um líder de facção que estava preso no Presídio de Segurança Máxima Estadual do Ceará. Ela é acusada de ter transmitido uma ordem que resultou no desmembramento de uma facção carioca, levando à formação de um novo grupo criminoso local, atuante na Messejana (Fortaleza), Caucaia e Horizonte.