
Um antigo posto policial abandonado, tomado pelo silêncio e pelo descaso, foi transformado em um espaço vivo de conhecimento, cultura e cidadania. Assim nasceu, há mais de 16 anos, a Biblioteca Comunitária da Vila Neuma Francisco Ítalo Nunes — um projeto que brotou do desejo de garantir acesso à leitura em um dos bairros mais populares de Iguatu.
A ideia partiu de Antônio Baixinho, liderança comunitária incansável, que mobilizou moradores e deu forma ao sonho coletivo de ver a educação florescer onde antes havia abandono. O local virou referência não só para a Vila Neuma, mas para toda a cidade, como símbolo de resistência, amor aos livros e protagonismo comunitário.
A biblioteca é coordenada atualmente por Marciana Lopes — professora, poetisa e alfabetizadora, que vem construindo, com sua atuação firme e sensível, uma verdadeira pedagogia da leitura voltada à realidade do bairro. Por muitos anos, o funcionamento do espaço dependia apenas de doações e do esforço voluntário da comunidade.
Pela primeira vez em sua trajetória, a biblioteca passa a contar com apoio financeiro público. Três importantes editais de manutenção foram conquistados, com recursos provenientes do Ministério da Cultura, do Governo do Estado do Ceará por meio da Lei Aldir Blanc, e da Prefeitura de Iguatu através da Secretaria de Cultura e Turismo.
Esses investimentos têm permitido fortalecer a estrutura do espaço, ampliar os serviços oferecidos e gerar emprego para moradores da própria comunidade. A biblioteca segue sendo gerida de forma coletiva, através de um conselho gestor local, que planeja e acompanha todas as suas ações e programações, mantendo viva sua essência democrática e popular.
Mais do que um espaço de livros, a Biblioteca Comunitária da Vila Neuma é uma casa de sonhos. Um exemplo de como a força de um território pode transformar o abandono em esperança — e a leitura, em liberdade.
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