
Quatro pessoas foram condenadas a mais de 13 anos de prisão por um caso de extrema violência ocorrido em 2010, em Iguatu. A decisão da Justiça envolve crimes de tortura, sequestro, cárcere privado e dano qualificado. Entre os condenados estão ex-servidores com ligações políticas na época.
Receberam a pena de 13 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado: Francisco Aldemir Alves Amorim (“Demir”), Theogenis Martins Teixeira Florentino, Juliene Bernardo da Silva (“Potó”) e Cícero Santiago Alves de Lima (“Santiago” ou “Tiago”). Um quinto acusado foi absolvido por falta de provas.
A madrugada do dia 12 de fevereiro de 2010 ficou marcada pelo terror. Cinco homens foram sequestrados em diferentes pontos da cidade, levados para áreas isoladas e agredidos brutalmente. As vítimas relataram sessões de espancamento, humilhação e ameaças de morte. Algumas delas sofreram fraturas e traumas psicológicos duradouros.
Segundo o Ministério Público, o grupo buscava arrancar confissões sobre a autoria de panfletos que criticavam figuras públicas de Iguatu. O caso teve forte conotação política e foi tratado como uma das mais graves violações de direitos humanos da região.
A Justiça considerou diversas provas para a condenação: depoimentos das vítimas e de policiais, imagens da delegacia, laudos de corpo de delito e quebra de sigilo telefônico, que indicaram conexões entre os envolvidos durante os crimes.
Além da prisão, os condenados perderam os cargos públicos e estão proibidos de exercer função pública pelo dobro do tempo da pena, após o trânsito em julgado.
Apesar da gravidade, os réus vão recorrer em liberdade, pois responderam ao processo soltos. Em nota, Demir afirmou confiar na Justiça e que pretende provar sua inocência.
O caso, que por anos foi símbolo de impunidade, agora se torna um marco de responsabilização judicial na comarca de Iguatu.
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