
O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta semana o general de Exército Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, natural de Iguatu, a 19 anos de prisão em regime inicialmente fechado por participação na trama golpista que tentou impedir a posse do presidente eleito em 2022.
Paulo Sérgio, de 67 anos, construiu uma carreira de destaque no Exército Brasileiro. Formado na Academia Militar das Agulhas Negras, foi promovido a general de exército em 2018 e ocupou cargos de alto comando, como Comandante Militar do Norte e Chefe do Departamento-Geral do Pessoal.
Em abril de 2021, assumiu o cargo máximo da Força, tornando-se Comandante do Exército, e, em abril de 2022, foi nomeado Ministro da Defesa no governo Jair Bolsonaro, função que exerceu até o fim da gestão, em dezembro daquele ano.
De acordo com a investigação da Polícia Federal e com o julgamento do STF, o ex-ministro integrou o núcleo que elaborou e discutiu uma minuta com medidas para sustentar uma tentativa de golpe de Estado, inclusive apresentando o documento a outros comandantes militares em dezembro de 2022.
A Procuradoria-Geral da República apontou crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e ameaça grave.
Apesar de ter alegado inocência, o general foi considerado peça-chave na articulação para impedir a transição de governo após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão inclui ainda multa financeira e foi tomada em sessão da Primeira Turma do STF, que avaliou provas colhidas pela Polícia Federal e depoimentos de outros investigados.
A condenação de Paulo Sérgio Nogueira repercute em todo o país, mas tem impacto especial em Iguatu, sua cidade natal, que vê um de seus filhos mais ilustres ser condenado em um dos processos mais emblemáticos da história recente do Brasil.
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