Neste sábado, 9 de setembro, as ruas do centro de Iguatu foram palco de uma manifestação significativa, à medida que o “Grito dos Excluídos” tomou forma em todo o Brasil. Este evento anual, que acontece desde 1995, tem como objetivo destacar questões sociais e econômicas, promovendo os direitos das comunidades marginalizadas e desfavorecidas.
Uma Marcha Pela Justiça e Igualdade
Partindo da rua 27 de Novembro e seguindo pelas principais ruas do centro da cidade, o evento passou por locais emblemáticos, incluindo a Praça da Caixa Econômica Federal e a rua do Mercado Central, famosa por sua feira tradicional de sábado. Sob um sol escaldante, representantes de sindicatos, associações e movimentos populares se uniram em uma marcha comprometida com a defesa da vida, justiça e igualdade de oportunidades.
Desafios Locais em Foco
Em Iguatu, uma das principais preocupações que ecoaram no grito foi a falta de atendimento adequado na saúde pública, evidenciada pela precarização do hospital regional da cidade. As vidas perdidas devido à falta de gestão foram enfatizadas pelos manifestantes. Além disso, representantes da Pastoral da Terra e do MST levantaram a voz em prol de uma terra mais apropriada para o cultivo e a produção de alimentos, sem o uso excessivo de agrotóxicos.
Origens e Evolução do Grito dos Excluídos
O “Grito dos Excluídos” teve sua primeira edição em 1995, com o lema “A vida em primeiro lugar,” ecoando em 170 localidades. A partir de 1996, o evento foi assumido pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), aprovado em sua Assembleia Geral como parte do Projeto Rumo ao Novo Milênio. Embora em Iguatu, neste ano, o evento não tenha ocorrido durante o desfile de 7 de setembro, a organização está considerando a possibilidade de voltar à parada do desfile cívico no próximo ano.
Uma Manifestação Popular e Coletiva
O “Grito dos Excluídos” não é apenas uma manifestação, mas um processo contínuo que envolve pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos. Este evento, de natureza ecumênica, nasce das lutas populares por direitos e se transforma em uma construção coletiva, antes, durante e após o 7 de Setembro. Questionando os padrões de independência do povo brasileiro, o Grito promove uma reflexão sobre um Brasil mais justo e igualitário.
Conclusão
Em resumo, o “Grito dos Excluídos” de 2023 continuou a ser uma plataforma essencial para promover a mudança social e abordar as preocupações das comunidades marginalizadas no Brasil. Esta manifestação de vozes coletivas é um chamado por uma sociedade mais justa e equitativa, lembrando a todos que a busca por igualdade e justiça é uma responsabilidade compartilhada por todos os cidadãos.