Uma investigadora de 53 anos da Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) foi agredida a pauladas por um instrutor durante a 3ª edição do Curso Tático Policial Feminino (CTAP), promovido pela Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará (Aesp). A agressão ocorreu no dia 8 de junho, e a vítima, que não será identificada por motivos de segurança, divulgou o caso em suas redes sociais após pedir para sair do curso e voltar ao estado maranhense.
A agente de segurança, com 14 anos de experiência nas forças de segurança, sofreu hematomas nas nádegas devido às pauladas e relatou ao Diário do Nordeste que o agressor a chamava de “velha” durante o ataque, buscando exercer pressão psicológica sobre ela.
Após o incidente, a investigadora solicitou seu desligamento do curso e retornou ao alojamento, onde foi procurada pela coordenação do Curso e por policiais. Eles pediram desculpas e solicitaram que ela voltasse às aulas, porém, o trauma causado pela agressão a deixou com medo.
O CTAP foi realizado em diversas localidades, incluindo uma fazenda em Maracanaú, na Grande Fortaleza, e também teve etapas realizadas em áreas rurais. A agente chegou ao Ceará no dia 27 de maio para iniciar sua participação no treinamento.
Vale ressaltar que a investigadora já havia participado anteriormente de um treinamento mais intensivo de tática, o Curso de Operações Táticas Especiais (COTE), em 2012.
A policial registrou um Boletim de Ocorrência (B.O) no dia 10 de junho na Casa da Mulher Brasileira, antes de deixar o Ceará. A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS-CE) informou que um inquérito foi aberto na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e destacou que a mulher foi devidamente acolhida após prestar depoimento.
Esses são os principais detalhes do caso em que uma investigadora da PC-MA foi agredida durante o Curso Tático Policial Feminino no Ceará. O incidente levanta preocupações sobre a segurança e o tratamento adequado das mulheres nas forças de segurança.
