A população do Sítio Estrada Alencar, na zona rural de Iguatu, está vivendo dias de angústia e indignação diante da constante falta de água na comunidade. Um morador gravou um vídeo, enviado à redação, mostrando as torneiras secas e relatando o drama vivido por sua família e vizinhos.
No desabafo, ele relata que convive com um pai com deficiência, uma mãe idosa e um bebê de apenas cinco meses, e que a escassez de água tem tornado a rotina insustentável. “A gente tem que comprar água mineral até pra fazer comida e lavar uma fruta”, diz, visivelmente abalado.
Segundo o relato, a situação não é nova. Trata-se de um problema recorrente na região. Durante a semana, ainda chegava um pouco de água — insuficiente, mas existente. No entanto, no último final de semana, não caiu uma gota. “Estamos com caixa seca, balde seco, tudo seco. Não tem um pingo d’água para nada, mas para nada mesmo”, desabafa.
O morador conta que, para conseguir água, precisa percorrer cerca de 6 km até o sítio vizinho, Riacho da Areia, em Aroeiras, o que gera ainda mais despesas com combustível. “Quer dizer que eu tenho que pagar a conta de água, comprar água mineral e ainda abastecer a moto para buscar água longe? Isso é um direito nosso!”, afirma.
Ainda no vídeo, ele diz ter abordado o prefeito do município, Roberto Filho, em uma visita ao mercado. O gestor teria prometido resolver a situação, mas até o momento, segundo o morador, nada foi feito.
A comunidade pede socorro. A reportagem aguarda uma resposta oficial do SAAE (Sistema Autônomo de Água e Esgoto) sobre o motivo da interrupção no abastecimento, as providências adotadas até agora e um prazo para que o problema seja, de fato, resolvido.
A população do Sítio Estrada Alencar segue sem respostas e sem água — um recurso essencial, garantido por lei e que deveria ser respeitado como um direito básico de cidadania.