Os servidores públicos de Iguatu enfrentam um fim de ano marcado pela indignação e pela luta por seus direitos. Hoje, sexta-feira, 20/12, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Iguatu (SPUMI), representado pela presidenta Sayonara Fernandes, emitiu uma dura nota de repúdio contra o atraso no pagamento do 13º salário. O fato, descrito como uma afronta à dignidade dos trabalhadores, resultou na decisão de deflagração de greve, com manifestações previstas para a próxima segunda-feira (próximo dia útil).
Em áudio divulgado nas redes sociais e encaminhado a emissoras locais, Sayonara destacou a gravidade da situação: “O 13º é um direito garantido pela Constituição Federal. Este atraso é uma afronta à dignidade dos trabalhadores, especialmente neste momento de final de ano, quando as famílias se planejam para suas despesas e aguardam por este recurso para honrar compromissos e passar um final de ano digno.”
A crise se intensificou nesta sexta-feira (20), quando foi determinado um bloqueio judicial de quase R$ 18 milhões nas contas da Prefeitura de Iguatu. Embora o motivo do bloqueio ainda não tenha sido detalhado, ele agrava a situação financeira do município, já fragilizado pela gestão do prefeito Ednaldo Lavor, que enfrenta severas críticas pela falta de transparência e pela ausência de soluções para os problemas administrativos.
Manifestações na Porta da Prefeitura
Na manhã de hoje (21), dezenas de servidores se reuniram em frente à sede da Prefeitura para protestar contra o atraso. Um vídeo que circula em grupos de WhatsApp mostra o prefeito Ednaldo Lavor deixando o prédio em meio às manifestações. Os servidores gritaram em coro: “Ednaldo, pague o décimo terceiro!”, mas o gestor, que estava em um carro oficial com os vidros fechados, não respondeu aos apelos.
De acordo com relatos de servidores presentes, Ednaldo, que desde as eleições municipais pouco tem sido visto em compromissos oficiais, é alvo de críticas por sua postura apática frente à crise. Há dúvidas se ele comparecerá à cerimônia de transição para o novo prefeito, marcada para 1º de janeiro.
Repercussão e Clima de Greve
O clima é de revolta entre os servidores, que se sentem desrespeitados pelo governo municipal. A presidenta do sindicato reforçou que a greve tem como objetivo dar visibilidade ao descaso enfrentado pela categoria e pressionar a gestão a regularizar os pagamentos.
“O sindicato não recuará. Estaremos nas ruas de Iguatu para exigir nossos direitos. Os trabalhadores que mantêm os serviços essenciais da cidade não podem ser tratados com tamanho desprezo,” declarou Sayonara Fernandes.
A mobilização da categoria coincide com um momento delicado para o município, que busca solucões rápidas para evitar que a crise se aprofunde. Enquanto isso, a população assiste apreensiva ao desenrolar dos fatos, preocupada com o impacto da paralisação nos serviços públicos essenciais.