
Os vereadores Pablo Neves, Zilfran Ferreira e Hugo Lavor, todos do PSD, anunciaram a formação de uma bancada independente na Câmara de Iguatu. A decisão marca uma nova configuração política no legislativo municipal, agora dividido em três blocos: a base aliada ao prefeito Roberto Costa Filho, a oposição liderada pelo deputado Agenor Neto (MDB) e o novo grupo que se autodenomina “independente”.
Já a vereadora Sheila Alcântara, também do PSD, optou por continuar na base do prefeito, reafirmando o apoio à gestão.
Os três parlamentares justificaram a mudança citando “falta de espaço para diálogo” e a busca por maior autonomia. No entanto, a prática recente mostra aproximação com o ex-prefeito Ednaldo Lavor, o que levanta dúvidas sobre o real grau de independência do novo grupo. A criação da bancada ocorre em um momento estratégico, às vésperas das eleições de 2024.
Outro nome que chamou atenção foi o vereador Ronaldo Bezerra (União Brasil). Apesar de historicamente alinhado ao grupo de Agenor Neto, ele não se posicionou ao lado da oposição na última sessão. A mudança ocorre justamente no momento em que o prefeito Roberto Filho estreita laços com o deputado federal Danilo Forte, liderança estadual do União Brasil. Coincidência?
Em meio a esses reposicionamentos, fica a pergunta: e o eleitor, onde entra nessa equação? Os parlamentares foram eleitos com base em alianças e compromissos assumidos publicamente. Quem agora muda de rumo ou se declara “independente” consulta o povo que o elegeu?
Em Iguatu, dificilmente existe atuação sem articulação política. E a história mostra: o rótulo de “independente” muitas vezes encobre interesses e acordos não declarados.
A nova bancada nasce, mas sua real independência ainda será posta à prova.
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