Noite sangrenta no Ceará: Oito vidas ceifadas em duas chacinas

Compartilhe

O estado do Ceará foi palco de uma noite de horror neste sábado, 17/02, com o registro de duas chacinas em diferentes municípios, deixando um rastro de oito vítimas fatais. As comunidades de Aracoiaba, situada no Maciço de Baturité, e Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), foram cenários desses atos de extrema violência.

O primeiro incidente foi relatado por volta das 21 horas, na localidade de Arraial Santa Isabel, Toca do Cururu, em Aracoiaba. Autoridades foram alertadas sobre várias pessoas feridas por disparos de arma de fogo. No local, policiais militares e guardas municipais encontraram um cenário desolador: quatro indivíduos, todos do sexo masculino, foram brutalmente assassinados. Dois dos corpos foram encontrados próximos a cadeiras e redes, com múltiplos ferimentos à bala, enquanto outro jazia em uma varanda e o último ao lado de uma cerca, descalço e sem camisa. A motivação por trás desse ato bárbaro e os responsáveis ​​permanecem desconhecidos, enquanto a Polícia Civil empreende esforços para investigar os detalhes do crime.

Em um intervalo de pouco mais de duas horas, uma segunda chacina abalou a cidade de Caucaia, especificamente no bairro Urucutuba. Por volta das 23 horas, quatro mulheres foram encontradas sem vida dentro de uma residência na rua Raimundo Ferreira Rocha. As vítimas, ainda não oficialmente identificadas, foram alvejadas a tiros por indivíduos que, segundo relatos preliminares, estavam a bordo de um veículo Fiat Pálio de cor escura.

O terror não se limitou a esses dois eventos isolados. Durante o sábado, o estado testemunhou um total de 14 homicídios, elevando o número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) para 22. A população do Ceará permanece em choque diante da onda de violência que assola a região.

Até o momento desta publicação, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) não forneceu informações sobre a motivação por trás desses crimes hediondos, a identificação das vítimas ou a captura de suspeitos. O silêncio das autoridades apenas amplia a sensação de insegurança e impotência entre os cidadãos cearenses, que clamam por justiça e medidas eficazes para conter a escalada da criminalidade no estado.