Em meio às celebrações fervorosas da festa de Senhora Santana, os sons inconfundíveis dos sinos da Igreja Matriz de Iguatu ecoam pelo ar, carregando tradição, fé e emoção. Esses toques, que tanto significam para a comunidade, são habilmente orquestrados por Francicleison, o dedicado sineiro responsável por manter essa tradição viva.
O Chamado dos Sinos
Os sinos têm uma longa história de serviço como instrumentos de comunicação, convocando as pessoas para a reflexão, o luto, a alegria e a festa. Francicleison, que assumiu a responsabilidade pelo repicar dos sinos há um ano durante a última festa de Senhora Santana, explica a profundidade desse ofício: “Cada toque de sino tem um significado específico na liturgia católica. Eles são verdadeiros chamadores do povo de Deus, anunciando desde o nascimento até a morte, assim como nossas festas e solenidades.”
A Tradição dos Sinos
Francicleison conta como começou sua jornada como sineiro: “Tudo se deu no ano passado, na festa de Senhora Santana. O sineiro oficial teve que se ausentar e eu recebi o convite. Fiz toda a formação e aprendi a questão dos toques. Desde então, estamos aqui, sempre nas festas de Senhora Santana, nas solenidades, Páscoa do Senhor, Natividade, Natal e a solenidade de Santa Maria Mãe de Deus.”
Ele destaca a honra e a responsabilidade de perpetuar essa tradição centenária: “Subir na torre dessa matriz e tocar esses sinos é, sem sombras de dúvida, um privilégio e a continuação de uma história que já vem há três séculos.”
Os Toques que Marcam a História
Os sinos da matriz, construídos em 1952, são tocados de forma coordenada por dois sineiros oficiais que se revezam nas solenidades. Francicleison explica que há dois principais toques na matriz: o introdutório e o toque preciso. “O toque introdutório repica o sino maior e o sino menor. Na solenidade, temos o toque preciso, tradicionalmente feito com o sino pequeno, complementado pelas badaladas do sino grande.”
Uma Comunidade Unida pelo Som
O trabalho de Francicleison não é solitário. Ele conta com a ajuda de outros sineiros e coroinhas que, juntos, perpetuam essa tradição: “É um serviço e uma grande honra. Não estamos apenas repicando o sino de Santana; estamos perpetuando uma tradição e uma história que é de todo o povo de Iguatu.”
Um Homenagem Merecida
Nesta matéria, homenageamos Francicleison e todos os sineiros que, nos bastidores, fazem a festa da padroeira de Iguatu acontecer. Eles são os guardiões de uma tradição que ressoa no coração de todos, unindo gerações pelo som dos sinos que anunciam a fé, a alegria e a devoção à Senhora Santana.