Prefeitos no Ceará cassados por corrupção

Prefeitos no Ceará cassados por corrupção
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Segundo notícias recentes, pelo menos quatro cidades do Ceará, Brasil, enfrentam instabilidade em suas gestões, com prefeitos eleitos em 2020 correndo o risco de ter o mandato cassado. Desde a última eleição, outros quatro municípios já passaram por mudanças no poder executivo, incluindo eleições suplementares para preencher a vaga. Os motivos das crises nessas gestões vão desde suspeitas de corrupção até o desaparecimento de prefeitos de seus cargos.

Essas ações são resultado de ações do Ministério Público do Ceará e, em alguns casos, de vereadores que abriram processo político contra o atual prefeito.

O mais recente caso de instabilidade na liderança de um município cearense ocorreu na terça-feira, 11 de abril, em Santa Quitéria, quando uma ação do Ministério Público afastou o prefeito Braguinha (PSB) do cargo por 180 dias sob suspeita de corrupção. Vice-prefeita Dra. Lígia Potássio tomou posse e assumiu o cargo durante a ausência do prefeito Braguinha. Foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão envolvendo empresários de Fortaleza, Caucaia e Sobral.

Os suspeitos estão sendo investigados por crimes como peculato, falsidade material e ideológica.

Nas redes sociais, o prefeito Braguinha comentou a ação do Ministério Público, dizendo: “o jogo não acaba até que o árbitro apite”. Ele também afirmou que está sofrendo “perseguição política” no município.

PREFEITOS CASSADOS

Desde 2020, os prefeitos de Iguatu, Coreaú, Baixio e Pacujá foram cassados ​​pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE).

Os casos de Iguatu e Pacujá são semelhantes porque em ambos os municípios foi tomada a decisão de suspender as eleições suplementares, inicialmente marcadas para 5 de fevereiro. Em Pacujá, o prefeito Raimundo Filho e o vice-prefeito José Antônio foram condenados por abuso de poder econômico e solicitação ilícita de voto. Após cassados, recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a realização de novas eleições. Ainda não há data prevista para o plebiscito.

Em Iguatu, a suspensão foi concedida por meio de liminar pedida pelo prefeito cassado Ednaldo Lavor e pelo vice-prefeito Franklin Bezerra, também no STF. A cédula havia sido revogada por abuso de poder. O prefeito interino no cargo é o presidente da Câmara dos Deputados, vereador Ronald Bezerra.

O prefeito cassado de Coreaú, Edézio Sitônio, e a vice-prefeita Erika Frota, também foram cassados ​​pelo TRE-CE por compra de votos em maio do ano passado. Eles também recorreram ao STF e conseguiram a suspensão das eleições suplementares.

Em Baixio, uma eleição suplementar em dezembro do ano passado elegeu o presidente da Câmara Municipal, Raimundo Amaurílio Araújo Oliveira, o Zico, como novo prefeito. Como presidente da Câmara, Zico já estava no comando da administração municipal desde junho de forma interina. Ele assumiu a prefeitura após a cassação do então prefeito Zé Humberto (PDT) por abuso de autoridade.