Supremo Tribunal Federal (STF) condena ex-senador Fernando Collor por corrupção passiva e lavagem de dinheiro

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Nesta quinta-feira (18), a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou pela condenação do ex-senador Fernando Collor por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um processo relacionado à Operação Lava Jato. O ex-parlamentar foi considerado culpado por receber propina em um esquema de corrupção na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.

O placar do julgamento até o momento é de 6 votos a 1 pela condenação de Collor. O voto do relator, ministro Edson Fachin, foi seguido pelos ministros Alexandre de Moraes, André Mendonça, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Cármen Lúcia. A sessão foi suspensa e será retomada na próxima quarta-feira (24) para definição da pena total.

De acordo com a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Collor teria recebido pelo menos R$ 29 milhões de propina entre os anos de 2010 e 2014, relacionados ao esquema de corrupção na BR Distribuidora. O ex-senador, que também foi antigo dirigente do PTB, é acusado de indicar políticos para cargos na empresa em troca de vantagens ilícitas.

Na visão do relator Edson Fachin, Collor facilitou a contratação da UTC Engenharia e recebeu R$ 20 milhões como contrapartida. A condenação do ex-parlamentar representa mais um desdobramento da Operação Lava Jato, que desvendou diversos esquemas de corrupção envolvendo políticos e grandes empresas.

Com o desfecho próximo, espera-se que o caso de Collor contribua para o fortalecimento do combate à corrupção no país e reforce a importância do judiciário em responsabilizar os envolvidos em práticas ilícitas. O resultado final do julgamento do STF irá determinar a pena a ser aplicada ao ex-senador, representando um marco na luta contra a impunidade e a busca por um Brasil mais justo e transparente.