Prefeito de Catarina é investigado por esquema de fraudes em licitações com conexões em Iguatu

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O Ministério Público do Ceará (MPCE) deflagrou hoje a Operação Simulate, com o objetivo de aprofundar as investigações sobre um suposto esquema criminoso de fraudes em licitações na Prefeitura Municipal de Catarina, localizada no Interior do Ceará. O prefeito atual, Thiago Paes de Andrade Rodrigues, conhecido como Dr. Thiago, e seu irmão, Jefferson Paes de Andrade Rodrigues, ex-prefeito de 2004 a 2012, são suspeitos de liderar o referido esquema.

De acordo com o MPCE, os irmãos são acusados de direcionar todas as grandes licitações da Secretaria de Infraestrutura e Urbanismo do município para as mesmas empresas, caracterizando um esquema criminoso. No ano passado, eles já haviam sido alvos de uma operação do Ministério Público por crimes semelhantes, o que resultou no afastamento do atual prefeito do cargo.

A Operação Simulate, coordenada pela Procuradoria dos Crimes Contra a Administração Pública (Procap), cumpriu 12 mandados de busca e apreensão pessoal e domiciliar nas cidades de Catarina, Fortaleza, Aquiraz, Crato, Iguatu e Mauriti. Além disso, a Justiça autorizou a quebra dos sigilos bancários e fiscais das empresas e gestores envolvidos. A ação contou com o apoio de promotores de Justiça e da Polícia Civil do Estado do Ceará, por meio do Departamento Técnico Operacional (DTO).

Os suspeitos estão sendo investigados pelos crimes de peculato, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro, porém, o Ministério Público não divulgou os nomes dos envolvidos. A Operação recebeu o nome de “Simulate”, que significa “ter semelhança, copiar, ter o mesmo aspecto” em latim, em referência aos ajustes feitos pelos agentes públicos e empresários nas licitações para celebrar contratos ilegais com uma aparência de legalidade.

A equipe de comunicação da Prefeitura de Catarina foi procurada para obter uma resposta sobre a Operação, mas não houve retorno até o momento.

É importante destacar que essa não é a primeira vez que o prefeito Dr. Thiago e outros membros da administração municipal são alvo de investigações. Em 2022, durante a Operação Tártaro, a Justiça Estadual determinou o afastamento de Dr. Thiago e de secretários municipais por 180 dias, devido às suspeitas de participação em um esquema criminoso envolvendo peculato, fraudes em licitações, crimes contra a Administração Pública, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

O objetivo desta nova operação é aprofundar as investigações e obter mais provas em relação às atividades criminosas relacionadas às licitações na Prefeitura Municipal de Catarina.

Foto: Divulgação MPCE