Em meio a uma crise financeira que parece não encontrar solução, o Hospital Regional de Iguatu enfrenta momentos de extrema dificuldade. A atual gestão, liderada pelo prefeito interino Ronald Bezerra, vem tentando contornar a situação que se arrasta há meses, deixando servidores sem salários e impactando diretamente a qualidade do atendimento prestado à população.
Ao assumir a prefeitura, a gestão atual se deparou com uma dívida vultosa de quatro meses de salários atrasados aos servidores do Hospital Regional. Embora tenham sido realizados pagamentos parciais, a situação ainda está longe de ser resolvida, levando alguns profissionais a abandonar seus postos de trabalho por não mais suportarem a condição de trabalho sem remuneração.
O prefeito interino tem buscado recursos, tanto a nível estadual quanto federal, contando com o apoio de alguns deputados, como Yuri do Paredão e Danilo Forte, que contribuíram com emendas para mitigar a crise, porém sem solucioná-la por completo.
A situação torna-se ainda mais alarmante diante do redirecionamento de recursos estaduais para um hospital particular da cidade, enquanto o Hospital Regional, que atende uma grande parcela da população, continua enfrentando um declínio preocupante.
A falta de pronunciamento dos deputados estaduais e da deputada federal, que assumiu o cargo em 22 de Agosto deste ano, tem sido alvo de críticas por parte da comunidade, que clama por uma intervenção efetiva em prol da melhoria da situação do Hospital Regional.
Entretanto, no contexto político conturbado de Iguatu, a possibilidade de uma resolução imediata parece cada vez mais distante, dada a ruptura entre o atual prefeito interino e o ex-gestor Ednaldo Lavor, que, mesmo cassado, recorre ao TSE com chances de retorno ao cargo, intensificando o clima de animosidade política na região.
Enquanto Ronald Bezerra aponta o dedo para a administração anterior, acusando uma dívida de aproximadamente 200 milhões de reais, a população de Iguatu se vê em meio a uma situação de desamparo e incerteza quanto ao futuro do Hospital Regional, deixando no ar a pergunta: até quando teremos que suportar essa realidade?
