Hoje cedo, 07/11, autoridades da Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) iniciaram a segunda fase da operação Sarmat em 11 estados, resultando no bloqueio de uma quantia total de R$ 9 milhões e na apreensão de 17 veículos, avaliados em mais de R$ 1 milhão. A ação foi direcionada a uma organização criminosa do Rio de Janeiro, com ramificações no Ceará. No total, foram cumpridos 40 mandados de busca e apreensão e sequestro de bens em 20 municípios brasileiros, com a cooperação do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e das Polícias Civis dos Estados.
A Delegacia de Combate aos Crimes de Lavagem de Dinheiro (DCCLD) liderou a operação, auxiliada pelo Departamento de Recuperação de Ativos (DRA) da PC-CE. Dentre os alvos visados, tanto pessoas físicas quanto jurídicas foram alvo de mandados, incluindo um mandado cumprido no Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza. A investigação revelou que cerca de 15 empresas, em setores diversos, foram usadas pela organização criminosa para lavagem de dinheiro, algumas operando como fachada e outras em atividade legítima. Empresas no Amapá e Pará foram identificadas como envolvidas nesse esquema.
Na fase inicial da Operação Sarmat, em março deste ano, um líder da facção carioca foi detido em Guajará-Mirim (RO), perto da fronteira com a Bolívia. As investigações mostraram que o suspeito havia movimentado aproximadamente R$ 205 milhões em atividades relacionadas ao tráfico de drogas, ao enviar cocaína para o Ceará ao longo de 3 a 4 anos. No total, 23 indivíduos foram indiciados por tráfico de drogas durante a primeira fase da operação.
O delegado titular da DCCLD, Renê Mesquita, enfatizou o impacto da operação, sublinhando que a iniciativa visa atingir não apenas os envolvidos no Ceará, mas também aqueles conectados em nível nacional, uma vez que os recursos financeiros pertencem à facção criminosa, alimentando suas atividades e influenciando a violência no estado. As ações da primeira fase levaram ao bloqueio de contas bancárias e à prisão de 80 suspeitos, enquanto as descobertas subsequentes resultaram na deflagração da segunda fase da Operação Sarmat.